Vida de professor não é fácil. Além de preparar e dar aulas, o trabalho também inclui a correção de avaliações e trabalhos, o preenchimento de diários de classe, a atualização quanto aos métodos pedagógicos e conteúdos disciplinares, além da participação em reuniões com coordenação, pais e outros mestres. Há sempre o que fazer, seja dentro ou fora da escola.
No entanto, o avanço da tecnologia em sala de aula tem contribuído muito para desafogar os professores de tarefas mecânicas e repetitivas, que lhes tomam tempo e obstruem a dedicação a outras funções didáticas mais relevantes. Hoje existem ferramentas digitais que automatizam boa parte dos trabalhos e outros instrumentos que aceleram o processo de avaliação e produção de provas, por exemplo.
Novos recursos educacionais, mais interativos e dinâmicos, também proporcionam percursos mais modernos de aprendizagem aos alunos e permitem aos professores experimentar novas possibilidades de ensino. Tudo isso facilita a comunicação entre os educadores e os estudantes do século XXI, nativos digitais que desde cedo convivem e utilizam computadores e outros dispositivos tecnológicos.
Neste post preparamos um resumo das principais tecnologias educacionais que facilitam a vida dos professores e como elas evoluíram no decorrer do tempo.
A tecnologia em sala de aula e suas evoluções
1 – As provas: do mimeógrafo à avaliação online
Professores da velha guarda devem se lembrar do mimeógrafo (e do cheiro de álcool que lhe era característico). Foi uma das primeiras tecnologias, patenteada ainda no século XIX, por Thomas Edison, a realizar cópias de documentos impressos. Funcionava com uso de manivela e um papel chamado estêncil. Foi sucedida pela fotocopiadora (mais conhecida como Xerox), que não exalava nenhum odor específico, diminuía a sujeira e produzia cópias impressas em menos tempo e com custos reduzidos.
Hoje as provas fotocopiadas ainda estão presentes nas escolas. No entanto, já existem sistemas de avaliação online que permitem ao professor estruturar avaliações com enorme agilidade e executar correções automáticas, além de evitar gastos com papel e tinta. Com um computador conectado à internet o aluno responde às perguntas com menos chances de “colar”. Isso porque alguns sistemas selecionam aleatoriamente as questões, produzindo exames distintos entre si.
2 – Redigindo as provas: da datilografia ao banco de itens
Muitos professores ainda investem tempo e energia digitando as provas. Se antigamente era preciso datilografar tudo nas máquinas de escrever – e reescrever para passar a limpo – hoje, com editores de texto como Word, já se pode editar enquanto se escreve e manusear os arquivos em qualquer computador, além de exportar em formatos como PDF ou armazenar em nuvem.
A grande novidade, contudo, são os bancos de itens, também conhecidos como banco de questões. Por meio dessas plataformas, o professor gerencia e organiza o processo de avaliação, consultando e alimentando uma base de perguntas que podem ser organizadas por disciplinas, turmas, conteúdos ou qualquer outro critério de sua escolha. Com essa solução é possível também realizar a diagramação das provas e correções automáticas.
3 – Corrigindo as provas: do manual ao automatizado
Corrigir provas é um processo demorado: demanda dedicar tempo para as respostas fornecidas pelos alunos e verificar se estão de acordo com o gabarito, uma a uma. Quando isso é feito manualmente, sem dúvida são necessárias horas e horas de trabalho.
Mas não precisa ser assim. Novas soluções tecnológicas realizam a correção automatizada das avaliações, com ausência de erros e soma de pontos para conferir nota final, e o resultado pode ser acessado por computador, celular e outros dispositivos. As devolutivas também podem conter comentários dos professores e uma abordagem personalizada para cada aluno.
4 – Reproduzindo o conteúdo: do retroprojetor ao Datashow
Inventado na década de 1950, o retroprojetor auxiliou professores a preparar as lições antes da aula, dispensando-os de escrever todo o conteúdo na lousa. A tecnologia também foi apropriada por alunos, que produziam lâminas para apresentar seu trabalhos em vez de usar cartolina.
O advento do Datashow não alterou essa função, pois continua sendo uma tecnologia de apresentação de conteúdo. No entanto, trata-se de uma ferramenta multimídia, ou seja, mais do que imagens e letras estáticas é possível também veicular filmes, animações, slides interativos e, se houver conexão com a internet, qualquer conteúdo que esteja disponível online.