Um tanto em cima da hora, o Inep semana passada publicou o manual de redação do Enem 2016. Trata-se do documento oficial que irá balizar a orientação para as correções das dissertações do exame e explicita os parâmetros para uma boa redação. É um material riquíssimo e com certeza deve ser explorado em sala de aula..
Várias novidades foram incorporadas em relação à última edição do guia, publicado em 2013. Uma delas são expressões, extraídas das redações de 2014 e 2015, e que exemplificam vários parâmetros utilizados na correção. Outra novidade são redações nota 1000 na íntegra, resgatados de 2013 a 2015, com comentários valiosos sobre os textos dos candidatos.
O Manual é leitura essencial para professores da área e alunos interessados em obter a pontuação máxima nesta avaliação..
A seguir alguns trechos extraídos do guia de redação.
O documento torna a tratar do formato almejado para as redações, clareando sobre a necessidade do uso de recursos coesivos para construção da argumentação.
Um candidato nota 1000 iniciou seus parágrafos com as expressões: “Essa redução”; “Dessa forma”; “Outro aspecto”, “Isso fez”; “Entretanto”; “Para torná-la”, “Além disso”. Esse foi um dos exemplos de argumentação bem estruturada.
Fique atento para não ferir os direitos Humanos (DH)
É obrigatório o respeito aos DH, sob pena de a redação receber nota 0 (zero).
Veja nos exemplos de propostas de redação de 2013 e 2014 o que foi interpretado como desrespeito aos DH.
- (Enem 2014) Publicidade infantil em questão no Brasil
Foram encontradas proposições propondo tolher a liberdade de expressão da mídia, tortura e execução sumária para quem abusa de crianças. Não siga estes exemplos: “acabar com esses bandidos”, “matar todos esses pais idiotas” e similares. Prefira apresentar um mediador para o problema (o governo, as autoridades, as leis, por exemplo).
- (Enem 2015) A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.
Foi entendido como desrespeito aos DH qualquer tipo de violência contra a mulher, supremacia de gênero, declarações que atentaram a dignidade humana. Veja os célebres exemplos a NÃO seguir: “ser massacrado na cadeia”; “deve sofrer os mesmos danos causados à vítima, não em todas as situações, mas em algumas ou até mesmo a pena de morte”; “fazer sofrer da mesma forma a pessoa que comete esse crime”; :o :o :o
Em suma, não proponha nada que se assemelhe a “justiça com as próprias mãos”. ; )
Há, e sem garranchos, por favor.
O Guia de Redação, agora chamado de Cartilha do Participante na Redação do Enem 2016, pode ser baixada aqui
Boa leitura!