Segunda feira, publicamos o nosso manifesto, nos comprometendo a produzir e disponibilizar uma nova forma de se calcular o ranking do Enem (veja aqui)
Apresentaremos a seguir a versão resumida, da nossa proposta de ranking para as escolas, com base nos dados de 2015. De antemão avisamos que a nossa proposta de cálculo é simples e por alguns será considerada óbvia. Que ótimo, pois sabemos que a elegância está soluções simples, para problemas que parecem complexos.
O ranking tradicional
Desde os resultados do Enem 2010 o cálculo matemático que gera o ranking tradicional é a média simples das notas das escolas em cada uma das 4 áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). A redação não é utilizada. Vamos aos equívocos dessa proposta de ranking.
Equívoco 1: o desequilíbrio entre as notas
Ano a ano os dados demonstram que não há paridade entre as notas das áreas. Veja na tabela abaixo as maiores e menores notas das escolas no Enem 2015.
Tabela 1 – maiores e menores médias das escolas no Enem 2015 por área do conhecimento
Veja nesta outra tabela a DISTÂNCIA para as maiores notas entre as áreas.
Tabela 2 – Distância (em pontos) entre as maiores notas por área do conhecimento no Enem 2015
As duas tabela comprovam que não há equidade entre as notas por área. Uma excelente escola em linguagens e códigos ou em ciências da natureza ou em ciências humanas, terá uma nota muito menor do que uma excelente escola em matemática. Nota-se que as escolas são excelentes em suas áreas do conhecimento. Entretanto quando se calcula a média simples para se montar o ranking tradicional, as escolas com maiores médias em matemática serão beneficiadas.
Equívoco 2: o resultado de redação não é utilizado
Creio que não há necessidade de se argumentar quanto a relevância da competência de produção textual nos dias atuais e na seleção pelo Sisu. Cada vez mais as pessoas utilizam a linguagem escrita para se comunicarem e é muito grande a proporção de vagas no Sisu que atribuem a nota de redação o mesmo peso que as notas das áreas do conhecimento.
Então não utilizar os resultados de redação para cálculo de um ranking, prejudica as escolas com alto rendimento em redação, desestimula o empenho das escolas em melhorarem essa nota (afinal ela não compõem o ranking) e não representa o potencial de ingresso no ensino superior.
O argumento de que a nota em redação não utiliza TRI é inconsistente, visto a desigualdade das notas entre as áreas do conhecimento e que utilizam a TRI.
Veja na tabela abaixo as 10 primeiras escolas, segundo o ranking tradicional e a respectiva colocação em cada uma das áreas do conhecimento e redação
Tabela 3: Colocação das escolas no ranking tradicional e em cada área do conhecimento e redação no Enem 2015
O Ranking +Enem
Partindo da premissa que uma média simples das notas nas áreas de conhecimento e em redação não traduzem a colocação de uma escola no conjunto do Enem, optou-se trabalhar com as colocações de cada escola nas áreas do conhecimento e na redação.
Para definir uma colocação geral, calcula-se a média simples das colocações (somar toda as colocações e dividir o resultado por 5). Quanto mais próximo de 1 melhor colocação da escola no ranking +Enem.
Veja na tabela abaixo a comparação entre os rankings, para as escolas com as 10 primeiras colocações no ranking tradicional.
Tabela 4: Média das colocações nas áreas do conhecimento e redação no Enem 2015, das 10 primeiras escolas segundo o ranking tradicional
Porém, essa tabela não representa o Ranking +Enem, pois precisamos fazer o cálculo para todas as escolas do Brasil. Na tabela abaixo as 10 escolas melhores colocadas no Ranking +Enem.
Tabela 5: 10 escolas com os melhores colocações nas áreas do conhecimento e redação no Enem 2015
Para visualizar as médias e o ranking +Enem de todas as escolas do Brasil, basta ir a página especial que criamos para esse momento:
www.enemporescola.com.br