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Faltando menos de 10 dias para a prova do Enem, o estudo de habilidades e conteúdos que serão cobrados terá pouco efeito sobre a nota do aluno. Afinal, o desenvolvimento de habilidades demanda um tempo maior para a apreensão e domínio.

Porém, há algo que está ao alcance dos alunos nestes 10 dias e que pode ter um efeito sobre a nota, igual ou superior ao domínio de conteúdos e habilidades. Trata-se de definir uma estratégia para o dia da prova, visando obter a melhor coerência pedagógica no conjunto de acertos para cada área do conhecimento. Isso porque a TRI  (Teoria de Resposta ao Item), metodologia utilizada para o cálculo da nota, avalia o “padrão de acertos” do candidato para definir a sua nota final.

Provavelmente você já ouviu falar da TRI e de que, devido a ela, nem sempre quem tem mais acertos possui a maior nota. Neste post, vamos apresentar quanto o padrão de acertos pode afetar a nota e apresentar uma proposta de estratégia para os dias de prova, de forma que o candidato obtenha o melhor aproveitamento.

Candidato fazendo a prova do Enem

A TRI e o padrão de acertos

A TRI é um método não exclusivo de avaliações que  busca mensurar um determinado traço latente, quase sempre intangível. No caso do Enem, esse traço latente é o conhecimento do candidato, e a mensuração desse conhecimento é apresentada através de uma nota, que está  posicionada em uma escala. Por exemplo, se o aluno recebeu uma nota de 580 em determinada área, isso significa que é alta a probabilidade (acima de 65%) dele acertar qualquer item dessa área que tenha valor igual ou menor a 580. Já a probabilidade dele acertar um item de valor 700 é baixa.

Para a TRI, a nota atribuída a um candidato é algo muito sério. Há todo um conjunto de inferências derivadas dela. Tomemos o exemplo anterior, do aluno que obteve 580 pontos. Imagine que na prova tenha acertado um item de valor 730, porém errado itens no valor de 680 e 600. Caso fosse atribuída a ele a nota do maior item acertado, a TRI estaria equivocada quanto à medida do conhecimento. Afinal, ele errou dois itens cujo valor é menor que outro item acertado.

Como então se chega a uma nota, a partir do conjunto de acertos do candidato?

Para a definição da nota do candidato, há um software próprio que irá avaliar todo o conjunto de acertos e chegará ao valor, garantindo que aquele valor é uma medida do conhecimento do aluno para aquela área.

Quantidade de acertos e o impacto sobre a nota

Para demonstrar a relevância da coerência pedagógica, o +Enem, utilizando a base de dados oficial de 2013, a mais recente disponível, calculou para cada quantidade de acertos, a maior e a menor nota encontrada entre os quase 6 milhões de candidatos que fizeram a prova. Veja como a variação de notas pode chegar até a 280 pontos, dependendo da quantidade de acertos!

Ciências da Natureza

Em ciências da natureza, entre os candidatos com 16 acertos a maior coerência pedagógica obteve a nota de 638 pontos e outro(s) com a menor coerência pedagógica obteve uma nota de 356 pontos!

gráfico de acertos x nota ciências da natureza

Matemática

Em matemática, para quem acertou 18 itens a nota variou de 365 a 700 pontos.

gráfico de acertos x nota matemática

Linguagens e códigos

Em linguagens e códigos, para quem fez opção pelo inglês, um candidato com 15 acertos a nota variou de 337 a 503 pontos.

gráfico de acertos x nota linguagens e códigos

Ciências Humanas

Os candidatos com 14 acertos tiveram uma nota na área de ciências humanas entre 338 e 568 pontos.

gráfico de acertos x nota ciências humanas

Então o que fazer para obter a melhor nota tendo uma maior coerência pedagógica? Veja (aqui) o nosso post:  “Estratégia para mandar muito bem no Enem”

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